Tudo o que você precisa saber sobre licenciamento ambiental para irrigação

O licenciamento ambiental para irrigação é o processo legal que autoriza a instalação e a operação de sistemas de irrigação agrícola, garantindo que a atividade esteja em conformidade com normas de preservação dos recursos naturais. 

Ele assegura que a captação de água, a aplicação de técnicas de irrigação e o manejo da terra ocorram de maneira sustentável, evitando danos ambientais e penalidades legais.

No artigo de hoje, abordamos de forma mais ampla e direta tudo o que envolve este tema.

Ou seja, trazemos conceitos, etapas, órgãos responsáveis, tipos de irrigação que exigem licenciamento, entre outros.

Fique com a gente para conferir!

O que é licenciamento ambiental para irrigação e por que importa?

O licenciamento ambiental para irrigação é o procedimento obrigatório que avalia o impacto de projetos de irrigação sobre o meio ambiente antes da implantação, durante a instalação e na operação do sistema. 

Seu objetivo é conciliar produção agrícola e preservação ambiental, garantindo que a atividade esteja em conformidade com a legislação ambiental brasileira e promovendo irrigação sustentável.

Ao mesmo tempo, também agrega:

  • Proteção dos recursos hídricos, pois evita a exploração excessiva de rios e aquíferos.
  • Segurança jurídica, afinal, reduz riscos de multas e penalidades ambientais.
  • Sustentabilidade no campo, uma vez que assegura boas práticas agrícolas de longo prazo.

Quais são os principais órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental para irrigação?

Os órgãos ambientais federais, estaduais e municipais têm a atribuição de analisar e conceder as licenças necessárias. 

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) atua em nível federal, enquanto secretarias estaduais e agências regionais conduzem a maior parte dos processos.

Em suma, há 3 esferas de atuação:

  1. Âmbito federal, quando o projeto impacta mais de um estado ou envolve áreas federais.
  2. Âmbito estadual, onde há apenas uma unidade federativa envolvida – o que é, no Brasil, a maioria dos casos
  3. Âmbito municipal, onde pode ser exigida autorização complementar para atividades locais.

Como resultado, essa divisão assegura que cada projeto receba uma avaliação adequada à sua escala, fortalecendo a regularização ambiental.

Que tipos de irrigação exigem licenciamento ambiental específico?

Praticamente todos os sistemas de irrigação que utilizam captação de água em rios, lagos, nascentes ou aquíferos precisam de licenciamento ambiental, pois interferem diretamente no uso de recursos hídricos e podem causar impactos ambientais significativos. 

Aliás, é crucial destacar que mesmo instalações de menor porte podem necessitar de outorga de uso da água – além de um documento que autoriza legalmente a retirada e o consumo.

Só para exemplificar, alguns dos métodos mais comuns que exigem cuidado extra devido ao volume de água utilizado e à forma de captação, são:

Irrigação por pivô central

Requer atenção especial porque a operação contínua demanda grande volume de água. 

O uso sem controle pode reduzir a disponibilidade em bacias hidrográficas e afetar a fauna e a flora aquáticas.

Aspersão e microaspersão

Quando a captação é feita em corpos d’água superficiais, esses sistemas podem alterar o fluxo natural dos rios e represas.

Além disso, podem aumentar a evaporação, exigindo, assim, licenciamento rigoroso para evitar desequilíbrios ambientais.

Gotejamento em larga escala

Apesar de ser mais eficiente no uso da água, precisa de licenciamento quando envolve perfuração de poços profundos ou construção de reservatórios.

E isso é necessário uma vez que pode impactar o lençol freático e a recarga de aquíferos.

LEIA TAMBÉM: O que é irrigação por sulcos e politubos e como funciona?

Quais são as etapas do processo de licenciamento ambiental para irrigação?

O processo é dividido em fases que garantem conformidade legal na irrigação. Cada etapa exige documentos, análises técnicas e prazos distintos.

Em síntese, são eles:

  • Licença prévia, sendo necessário avaliação da viabilidade ambiental antes do início do projeto e apresentação de estudos de impacto ambiental e comprovação de viabilidade técnica.
  • Licença de instalação, autorizando a construção da infraestrutura de irrigação, requerendo detalhamento do plano de obras, medidas mitigadoras e comprovação de regularização ambiental.
  • Licença de operação, permitindo o funcionamento do sistema de irrigação – isso, claro, após a verificação do cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas.

Seja como for, durante todas as etapas é vital apresentar documentos para licença ambiental.

Em outras palavras, aqui estamos falando em planta do projeto, comprovação de posse da terra, estudos de impacto e relatórios de gestão hídrica.

Quais estudos técnicos podem ser exigidos durante o processo?

O órgão ambiental pode solicitar uma série de análises para garantir que a atividade seja sustentável:

  • Estudos de impacto ambiental (EIA/RIMA) – especialmente quando o projeto é de grande porte.
  • Relatórios de gestão hídrica, comprovando que a captação de água não compromete a disponibilidade local.
  • Plano de manejo de resíduos e de efluentes, garantindo a qualidade do solo e da água.
  • Avaliação de flora e fauna para verificar impactos sobre a biodiversidade.

Esses documentos reforçam o equilíbrio no campo, permitindo práticas de irrigação sustentável e minimizando riscos de penalidades ambientais.

Custos, prazos e renovação da licença

O valor total varia conforme o tamanho do empreendimento e a complexidade dos estudos.

Os custos da licença ambiental incluem taxas administrativas e investimentos em análises técnicas. 

Em média, o processo pode levar de alguns meses a mais de um ano – tudo dependerá do estado e do porte da irrigação agrícola.

Ainda, há:

  • Renovação de licença, obrigatória antes do vencimento da licença de operação.
  • Penalidades ambientais, resultantes de operar sem licença, o que pode gerar multas, embargo da atividade e até processos criminais.

Logo, fica evidente que planejar e acompanhar os prazos evita interrupções e custos extras.

Boas práticas para garantir aprovação

Em resumo, para aumentar as chances de sucesso no processo de licenciamento, agricultores e empreendedores podem adotar medidas preventivas.

Algumas delas incluem:

  • Contratar consultoria ambiental especializada para preparar a documentação.
  • Manter registro atualizado da gestão hídrica e da eficiência de uso da água.
  • Implementar práticas de irrigação sustentável, como o monitoramento por sensores e sistemas de gotejamento de alta eficiência.
  • Capacitar equipes para seguir todas as normas de legislação ambiental brasileira.

Conclusão: o caminho para uma irrigação regular e sustentável

Como você viu, o licenciamento ambiental para irrigação é um passo essencial para unir produtividade e preservação. 

Seguir as exigências legais, investir em estudos de impacto ambiental e adotar práticas de irrigação sustentáveis garantem segurança jurídica e conservação dos recursos hídricos. 

Com planejamento adequado e apoio profissional, produtores asseguram a continuidade de suas operações e contribuem para a sustentabilidade no campo.

Ao implementar o projeto de irrigação da sua propriedade com a Sanchotene, você poderá contar com a nossa orientação e acompanhamento a cada etapa do processo de licenciamento ambiental junto aos órgãos responsáveis.

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